O head do Instagram, Adam Mosseri, publicou em seu Twitter que qualquer bloqueio nos Estados Unidos contra o seu rival, TikTok, seria ruim para a rede social, Facebook e para a Internet como um todo. A mensagem surge no dia que o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, confirmou que TikTok e WeChat não poderão ter novos downloads a partir de domingo, 20.

Mosseri ainda criticou um título de uma matéria sobre o assunto no Wall Street Journal. A publicação não explicou que a proibição é apenas para novos downloads. Ou seja, não afeta os usuários que já têm os apps instalados em seus celulares.

A CEO interina do TikTok, Vanessa Pappas, respondeu a mensagem de seu colega com outro tweet. Na publicação, Pappas disse que concorda com o head do Instagram e convidou o Facebook para apoiar o processo que a companhia move contra a ordem executiva do presidente norte-americano Donald Trump, que deu estopim à crise do app nos EUA. “Este é um momento de deixar de lado nossa competição e focar em princípios cabais, como liberdade de expressão e o devido processo legal”.

Importante lembrar, Pappas assumiu o cargo no final de agosto, pois o ex-CEO Kevin Mayer pediu demissão. Mayer estava na empresa desde maio. Antes, o executivo trabalhou na Disney e participou de grandes operações, como as compras de Marvel e Fox.

Nova proibição

De acordo com nota publicada pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta sexta-feira, 18, o WeChat e TikTok ficam proibidos de:

  1. Manter os dois apps em lojas de aplicativos norte-americanas;
  2. Aceitar transações de fundos via WeChat;
  3. Operadoras, provedores de Internet, CDNs, serviços de interconexão e tráfego de rede ficam proibidas de atuar com o TikTok;
  4. E qualquer aplicação de código, funções de software ou serviços do TikTok estão proibidos de uso nos EUA;

Sem provas, a nota assinada por Ross disse que “embora as ameaças à segurança nacional de WeChat e TikTok não sejam idênticas, elas são similares”. O secretário afirma que ambos os apps “colaboram com os serviços de inteligência da China” e que “coletam dados dos usuários”, como atividade de rede, localização, navegação e histórico de busca. Vale dizer que esse tipo de dado coletado é feito por qualquer app de rede social, inclusive os aplicativos norte-americanos.

Ross lembra ainda a proibição total está marcada para 12 de novembro deste ano, de acordo com a ordem executiva assinada por Trump em 6 de agosto. O secretário afirmou ainda que mais ações contra os apps podem surgir.

Vale lembrar que uma proposta da Oracle por parte da operação do TikTok está sob análise do governo norte-americano.