A brasileira Nama lançou a nova versão da sua plataforma de inteligência artificial, agora com uma interface “no code” e integração com grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês), como o GPT, para a geração de respostas em texto em 110 idiomas. A iniciativa é resultado de uma decisão estratégica tomada há poucos anos, quando a startup optou por apostar no desenvolvimento de IA, como explica seu fundador e CEO, Rodrigo Scotti, em conversa com Mobile Time.

“A gente pivotou. Em 2018/19, percebemos que ou a gente seguia como empresa de atendimento em que o bot seria um detalhe, ou focaríamos em IA. Optamos pelo segundo caminho”, relata.

Rodrigo Scotti, fundador e CEO da Nama

A nova plataforma é acessível pela web e permite que o usuário envie sua própria base de dados para alimentar a IA. Por enquanto, na versão beta, funciona apenas com arquivos TXT, mas outras extensões serão adicionadas em breve, como planilhas. A partir daí, a plataforma consegue responder com linguagem natural a quaisquer perguntas cujas respostas estejam dentro dos dados enviados.

“Fizemos uma ferramenta no code, para abstrair conceitos. A pessoa não precisa saber nada. Ela joga seus documentos ali dentro, a gente consegue entender o conteúdo e gerar respostas com base nele. Podemos fazer isso em milhares de conteúdos ao mesmo tempo”, descreve.

Se necessário, é possível fazer um fine tuning para melhorar as respostas caso o conteúdo enviado seja muito específico. Mas, pelos testes realizados até agora, em 90% dos casos o modelo atual dá conta do recado, diz o executivo.

A solução serve, por exemplo, para busca semântica em websites. A integração é plug and play, via API.

A Nama está montando planos de assinatura para o uso da sua plataforma. Os pacotes variam de acordo com duas métricas: tamanho da base de dados e quantidade de perguntas feitas. O plano de entrada para empresas custa R$ 1.990/mês, mas há condições especiais para indivíduos ou desenvolvedores.