O Magazine Luiza terminou 2018 com mais de 26 milhões de downloads do seu app, que agora responde por 40% dos pedidos no e-commerce da companhia. A informação foi confirmada na noite desta quinta-feira, 21, na divulgação dos resultados financeiros da empresa varejista. Além disso, a companhia possui mais de 750 especialistas trabalhando em seu braço de tecnologia e inovação, o Luiza Labs, e 10 mil vendedores digitalizados.

Das lojas físicas que possui, 162 das 953 são digitais (chamadas pelo Magalu de ‘virtuais’). Um ano antes eram 141. Em seu marketplace, a companhia contabilizou mais de 3,3 mil comerciantes e mais de 4,3 milhões de produtos. Ao todo, o e-commerce foi responsável por R$ 7 bilhões dos R$ 19 bilhões em vendas obtidos em 2018, sendo que R$ 6,2 bilhões do comércio eletrônico “tradicional” (ou seja, site e app) e R$ 855 milhões das lojas no marketplace.

“Estamos trabalhando para ter não apenas um app, mas um superapp – um ambiente digital no qual o cliente fará suas compras, pagará contas, recarregará o celular, contratará serviços de transporte, encomendará o almoço, jogará, se relacionará com os amigos nas redes sociais. Ao atrair parceiros para o ambiente do superapp, multiplicaremos nossas chances de atrair novos clientes, que vão interagir de forma ainda mais frequente e intensa conosco”, diz o trecho da carta enviada para os acionistas. “Enquanto concorrentes abrem lojas, o Magalu abre APIs (Application Programming Interface — nossas portas para o mundo da tecnologia. É por elas, que outras empresas entrarão em nosso ecossistema).”

Um capítulo adicional ao ano da varejista são os investimentos. A companhia aumentou em 113% os aportes em sua operação, de R$ 171 milhões para R$ 364,5 milhões. Desse montante, R$ 87 milhões foram investidos em tecnologia, um incremento de 11% ante R$ 76,5 milhões injetados em 2017. Aqui, a companhia afirma que parte do investimento teve como foco sua transformação digital.

Finanças

Em receita líquida, o Magalu registrou um total de R$ 15,5 bilhões, um aumento de 30% ante R$ 12 bilhões de 2017. Aqui, o destaque é um crescimento de 13% nas receitas com outros serviços, que englobam a venda de novos seguros, serviços digitais (Lu Conecta) e comissões do marketplace. Os gastos operacionais também aumentaram 26%, de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,3 bilhões.

O EBITDA teve um incremento de 21% atingindo R$ 1,2 bilhão, ante R$ 1 bilhão de 2017. O lucro operacional registrado foi de R$ 787 milhões, um avanço de 65% contra R$ 477 milhões um ano antes. E foi alcançado um lucro líquido de R$ 597,5 milhões, um desenvolvimento de 53,6% quando comparado aos R$ 389 milhões de 2017.