Em seis meses subiu de 7% para 17% a proporção de usuários do WhatsApp que cadastraram um cartão de débito para poderem enviar ou receber dinheiro pelo mensageiro, informa a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel no Brasil. O aumento de dez pontos percentuais pode ser atribuído à forte campanha de marketing para divulgação da ferramenta, que incluiu até placas de publicidade em partidas do futebol brasileiro no fim do ano passado.

A adesão à funcionalidade é maior entre homens (20%) que entre mulheres (14%); e maior entre os jovens de 16 a 29 anos (23%), que entre aqueles com 30 a 49 anos (16%) e no grupo a partir de 50 anos (11%). Nas classes C, D e E, 18% dos usuários do WhatsApp cadastraram cartão de débito para enviar dinheiro pelo app, contra 13% daqueles das classes A e B.

65% das pessoas que cadastraram um cartão no WhatsApp, ou 11% da base total do app, já realizaram pelo menos uma transferência de dinheiro pelo mensageiro. E 8% dizem que costumam utilizar esse recurso, dentre vários outros de comunicação disponibilizados pelo WhatsApp.

Apesar do avanço, o caminho para popularizar os pagamentos por WhatsApp é mais complicado do que se imaginava. É inegável que o sucesso do Pix ofuscou a chegada da ferramenta de transferência de dinheiro do WhatsApp. E o pior: 80% dos usuários do WhatsApp que já experimentaram realizar uma transferência pelo mensageiro acham o Pix mais fácil de usar.

Entre os que não cadastraram um cartão de débito para enviar ou receber dinheiro pelo WhatsApp, 45% dizem que simplesmente não têm interesse no serviço e 31% não confiam no aplicativo para essa finalidade.

A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel entrevistou 2.107 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. O relatório está disponível para download gratuito em português e inglês aqui.