A oferta de prateleira de redes privativas da Embratel tem um preço a partir de R$ 15 mil para empresas. Por esse valor, a operadora oferece um produto com arquitetura, segurança e um “pedaço” do core de rede dentro de casa, como disse Alexandre Gomes, diretor executivo da companhia.

Durante o Itaú 5G Tech Day, evento organizado pelo banco para seus funcionários e comunidade de telecomunicações nesta quarta-feira, 22, o executivo quis mostrar um contraponto à ideia de que redes privativas são caras.

“Nós começamos a mostrar e tangibilizar (as redes privativas), pois, até então, tínhamos a impressão de que não era algo tão tangível assim. É um valor que mostramos que a pessoa pode partir de largada (uma rede de R$ 15 mil). Mas para características distintas, nós temos que fazer o desenho”, disse Gomes.

Celeumas

Por outro lado, Márcio Verenose, head de vendas da Nokia, as redes privativas 5G precisam de mais espectro para crescer, em especial no outdoor (externo). Em sua visão, a Anatel tem feito um bom trabalho para liberar espectro no indoor (interno), mas é preciso liberar em ambiente externo.

“A Anatel não tem a mesma disponibilidade de espectro 5G na mesma proporção do 4G. É um consenso nosso aqui que falta um trabalho da agência. O regulador começou muito bem nesse sentido, mas a gente estancou um pouco na questão da rede 5G privativa”, disse Veronese, em outro painel que contou com a presença de fornecedores como Nokia, Huawei, NEC e CPQD. “Temos apenas um espectro dedicado ao 5G (3,7 GHz), mas com limitações”, completou.

Em contraponto, Gomes, da Embratel, defendeu que há espectro suficiente para o setor. Afirmou que o problema das redes privativas está na falta de dispositivos e módulos com 5G e em atender os ecossistemas. Para isso, as operadoras deveriam partir do pressuposto que a conectividade é habilitadora da tecnologia e da digitalização.