O Procon-SP notificou a Meta e o Mercado Livre nesta terça-feira, 23, devido a uma série de publicações fraudulentas com o uso da marca da fundação estadual em ações comerciais e promocionais dentro do Facebook. O órgão de defesa ao consumidor questionou a Meta sobre as “providências adotadas” e se existe alguma ferramenta de monitoramento para identificar as fraudes. No caso do e-commerce, o Procon-SP questionou se a empresa tem conhecimento sobre os posts e quais providências adotam para alertar seus usuários.

Em resposta a Mobile Time, o Mercado Livre informou que a publicação em questão era sobre uma tentativa de golpe com engenharia social dentro do Facebook. Nela, os criminosos usaram indevidamente a imagem do Procon-SP e da empresa com um falso cumprimento de uma oferta de ar-condicionado. O e-commerce disse ainda que “combate ativamente” tentativas de golpe e fraude de engenharia social por meio de investimento massivo “em segurança, tecnologia e equipes especializadas, além de todo trabalho de conscientização de usuários e da parceria com o poder público” para a investigação de crimes de cibersegurança.

“Nos últimos anos, a companhia (Mercado Livre) tem percebido a efetividade das ações de educação dos usuários, que têm papel relevante na proteção dos seus dados pessoais e na identificação de tentativas de golpe de engenharia social fora da plataforma. Reforça que está atenta às tentativas de golpe que usam técnicas de persuasão e manipulação para convencer a vítima em canais externos à sua plataforma. Para garantir uma negociação e compra seguras, o Mercado Livre orienta que toda comunicação e transação entre usuários seja realizada dentro da sua plataforma, assim como os orienta a nunca compartilhar dados pessoais e clicar em links suspeitos. É recomendável ainda verificar os anúncios diretamente na plataforma, o remetente de e-mails recebidos e desconfiar de mensagens via WhatsApp, e-mail ou SMS sem que o usuário tenha solicitado atendimento. Diante de qualquer suspeita, a empresa recomenda sempre consultar os dados da transação dentro na plataforma e acionar os canais de atendimento oficiais”, informou em nota.

Embora ainda não tenha recebido a notificação, o Mercado Livre afirmou que as informações serão compartilhadas com o Procon-SP quando demandadas.

Por sua vez, a Meta foi mais sucinta e afirmou: “Atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em nossas plataformas. Estamos investigando o caso e reiteramos nossa disposição em colaborar com as autoridades”.

O Procon-SP afirmou ainda que deve usar as manifestações (a serem enviadas até a próxima quinta-feira, 24) para melhorar seus sistema de alerta, além de trabalhar em conjunto com empresas e instituições para “fortalecer o combate às falsas notícias e tentativas de golpe contra os consumidores”.

Crédito: imagem produzida por Mobile Time com IA generativa (Dall-E 3)