Aproximadamente um terço dos usuários não conhecem ou nunca usaram serviços digitais de governos estaduais (34%) e federal (30%). Segundo pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Grupo de Trabalho para a Transformação Digital nos Governos Estaduais e Distrital (GTD.GOV) com 13 mil pessoas entre outubro e dezembro de 2020, 44% dos entrevistados não conhecem ou não usam serviços digitais municipais, mas todos conhecem e utilizam serviços privados.

A análise publicada nesta terça-feira, 23, revela que, em média, 45% dos brasileiros têm dificuldades para utilizar os serviços digitais do setor público. A região sudeste foi a pior do relatório com 48,5% e a região sul a melhor, com 40%.

Por sua vez, sobre os serviços digitais federais 55% dos entrevistados avaliam positivamente os serviços digitais federais, 31% são neutros (nem bom e nem ruim) e 14% estão insatisfeitos. A região com melhor avaliação é o sul com 59% – norte e sudeste possuem a pior avaliação, com 15% de crítica cada.

Sobre serviços estaduais, 53% têm avaliação positiva; 36%, neutra; e 11%, negativa. Por região, norte possui a melhor avaliação (62%) e nordeste a pior (13%). Nos  serviços municipais, 54% dos brasileiros veem os serviços positivamente; 33%, com neutralidade; e 13%, de modo negativo. A melhor avaliação é no norte (66%) e a pior, no sudeste (14%) e nordeste (14%).

Dos serviços privados, a concepção positiva é de 85%; neutra, 12%; e insatisfeitos, 3%. Por região, centro-oeste avalia melhor (88%), sul (4%) e sudeste (4%) são os mais críticos.

Sobre proteção de dados em serviços estaduais, 40% dos brasileiros confiam, 27% não confiam, 24% têm visão neutra e 9% não souberam responder. Por região, o sudeste possui a melhor avaliação (43%) e o norte a mais crítica (33%).

Colaboraram com a pesquisa a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP-TIC) e o Conselho Nacional de Secretários de Administração do Brasil (Consad). Vale lembrar que o BID também apresentou uma pesquisa nesta terça-feira, 23, sobre a penetração da Internet móvel no País, que é de 95%.