Apesar dos números consistentes em seu primeiro balanço do ano, Meta viu suas ações despencarem 16% no fim desta quarta-feira, 24. A holding de Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp apresentou aumento de 27% na receita, passando de US$ 28,65 bilhões no primeiro trimestre de 2023 para US$ 36,50 bilhões no 1T24, e seu lucro líquido mais que dobrou (117%), indo de US$ 5,71 bi para US$ 12,37 bi. E, mesmo com os incrementos, o mercado focou nas previsões para o segundo trimestre abaixo das expectativas – crescimento estimado entre US$ 36,5 bi a US$ 39 bi, sendo que a média (US$ 37,80) 18% abaixo das expectativas.

Entre os motivos para o desânimo estão a confirmação de Mark Zuckerberg de que Meta continuará investindo pesado em inteligência artificial e os resultados negativos do Reality Labs, onde a companhia investe no metaverso e nos óculos de realidade mista, cuja perda chegou a US$ 3,90 bilhões.

Depois de passar por maus bocados com a atualização de privacidade no iOS, da Apple, Meta parece que conseguiu ajustar os rumos da receita de publicidade, que teve crescimento ano contra ano de 27%, chegando a US$ 35,64 bilhões.

Usuários, funcionários e previsão

A empresa-mãe do Facebook não relata mais usuários ativos diários e mensais. Agora, fornece o que chama de “pessoas ativas diárias na família”. Esse número foi de 3,24 bilhões para março de 2024, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. E a receita média por usuário no trimestre foi de US$ 11,20.

O número de funcionários diminuiu 10% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, para 69.329. No ano passado, Meta demitiu 21 mil pessoas.

A previsão de gastos de capital para 2024 está entre US$ 35 bilhões a US$ 40 bilhões, um aumento em relação à previsão anterior de US$ 30 bilhões a US$ 37 bilhões. A empresa vai aplicar boa parte do montante nos investimentos em infraestrutura para apoiar o roadmap de inteligência artificial.