Em tempos de "wearable devices", quando só se fala em relógios e pulseiras conectados, os celulares também estão se tornando acessórios vestíveis, ou pelo menos a estratégia dos principais fabricantes caminha de certa forma nessa direção. Depois de uma série de experimentações em relação ao tamanho dos telefones celulares – nos anos 00 a tendência era diminuir; nos anos 10, aumentar – os fabricantes chegaram à conclusão que neste mercado não dá para produzir para um tamanho único. E, sim, estamos falando literalmente de tamanho, neste caso, da mão. Chegamos a um ponto em que o celular é escolhido de acordo com o tamanho da nossa mão, tal como um sapato, uma camiseta ou, para combinar mais com essa comparação, uma luva.

Os fabricantes começaram a perceber isso ao criarem versões "mini" de seus modelos top de linha. Foi meio sem querer, porque o objetivo inicial não era agradar gente com mão pequena, mas com o bolso menos fundo: os últimos lançamentos da família Galaxy S da Samsung; G, da LG; e Xperia Z, da Sony, por exemplo, ganharam versões reduzidas, tanto em tamanho, quanto em capacidade técnica e em preço. A experiência revelou que os modelos de menor tamanho agradavam não apenas a quem não tinha dinheiro para pagar pelo top de linha, mas também a mulheres, que conseguem manuseá-los melhor com uma só mão.

Por isso, me chamou a atenção o lançamento da Galaxy A, nova família de smartphones da Samsung, que chega ao mercado em três tamanhos: 4.5 polegadas (A3), 5 polegadas (A5) e 5.5 polegadas (A7). É algo como pequeno, médio e grande. Há diferenças nas especificações também, como a resolução da câmera traseira e a memória. Mas o fator preponderante na escolha deverá ser mesmo o tamanho. E a Samsung promete seguir essa tendência daqui em diante em outras famílias de aparelhos. A Apple também trilhou esse caminho com seu último iPhone, mas optou por dois tamanhos: 4.7 polegadas (iPhone 6) e 5.5 polegadas (6 Plus).

Já ouvi várias mulheres reclamarem de aparelhos acima de 5.2 polegadas por não conseguirem manuseá-los com uma única mão. Assim como já ouvi tanto homens quanto mulheres se queixarem de telas abaixo de 5 polegadas, por não conseguirem visualizar bem vídeos, sites e jogos. Aos poucos, a escolha do celular se dá pelo tamanho, pela "pegada", em como ele "veste" na sua mão.