Plusoft. voice commerceO começo do comércio por voz (voice commerce, em inglês) no Brasil será com pequenas e simples transações, prevê Bruno Alves, vice-presidente de marketing e inovação da Plusoft: “O voice commerce vai começar pelas compras mais simples. Como por exemplo gás de cozinha, ovo, café”, disse o executivo.

Durante o Super Bots Experience, evento virtual organizado por Mobile Time nesta quinta-feira, 26, o VP da companhia afirmou que a “voz é mais democrática” e terá mais espaço, uma vez que a escrita ainda é barreira para brasileiros analfabetos ou analfabetos funcionais. O último dado do IBGE sobre analfabetismo estimou, em 2018, que 11,5 milhões de brasileiros acima dos 15 anos não sabiam ler e nem escrever. 

Contextualização

Atento

Por sua vez, Maurício Castro, diretor de marketing e transformação da Atento, afirmou que antes de termos o voice commerce no cotidiano do brasileiro, as empresas precisam fazer um trabalho de contextualização, uma vez que nem toda transação entre robô de voz e consumidor humano poderá ser realizada neste meio. Ele exemplificou com compras de grandes dimensões e complexidade, como a aquisição de um apartamento.

“Na medida que vemos um avanço rápido da voz, vão desdobrar muitas aplicações, como o voice commerce. Mas ela só entra na rotina das pessoas se estiver no contexto. Algumas pessoas vão se acostumar, outras ainda vão preferir a confirmação do texto”, completou Castro.

Assistentes como alicerce

Amazon Alexa

Alves acredita ainda que os voice bots serão acelerados com a integração de assistentes virtuais nas compras, como a Alexa. Country manager da Alexa, da Amazon, no Brasil, Talita Taliberti lembrou que a Alexa no Brasil já está integrada com alguns serviços O2O, como Uber e iFood, e que permite criar lista de compras.

Taliberti contou um pouco sobre a relação do brasileiro com a inteligência artificial da Amazon: “O Brasil é um dos países em que (os usuários) mais dizem ‘bom dia’ para a Alexa”. A empresa vende no Brasil dez diferentes dispositivos com a Alexa. E há hoje mais de 1,5 mil skills para o público nacional.

IoT doméstico

CPQD

Em complemento à fala de Taliberti e Alves, Sirlene Honório, diretora de marketing do CPQD, prevê que a voz será usada mais em ambientes onde a pessoa possa falar, como em sua residência, Neste cenário, a especialista acredita que a combinação de voice bot, assistente virtual e a Internet das Coisas residencial deve acelerar o comércio por voz. “À medida que aumentarmos a IoT doméstico, será muito mais natural. Quando começar, será um caminho sem volta”, completou.