Marcelo Motta, CSO da Huawei no Brasil (crédito: divulgação/Huawei)

[Atualizado às 20h59 de 28/03/22 com valores e o cargo correto do executivo] O chefe de cibersegurança da Huawei para o Brasil, Marcelo Motta, afirmou que o País precisará de uma política pública de redução de taxas em terminais 5G para a tecnologia ser adotada pela população, que é a primeira camada de consumidores de redes celulares: “Esse mercado começa no usuário final e, para acelerar sua adoção, nós precisamos reduzir os valores dos terminais de quinta geração”, disse.

“Hoje, aproximadamente metade dos smartphones 5G na China custam US$ 450, sendo que abaixo desse valor há apenas 5% dos handsets que custam US$ 150. Mas é importante lembrar que um celular que custa US$ 150 na China será vendido por US$ 300 para o Brasil. Portanto, nós (Huawei) acreditamos que o País deve ter uma política (pública) para reduzir as taxas de smartphones, especialmente nas faixas de preço intermediária e de entrada”, disse Motta, durante coletiva com jornalistas da América Latina nesta segunda-feira, 28.

O executivo afirmou que além da vantagem da expansão da adoção da quinta geração pela população, a entrada do 5G ajuda a reduzir o consumo de energia, pois as redes 5G consomem menos eletricidade que o 4G no core de rede.

Em relação à expectativa na cobertura de rede, o CSO da Huawei no Brasil afirma que aguarda uma migração do 4G para o 5G em 10% dos usuários móveis, a depender da cobertura, entre um ano e um ano e meio. Explica ainda que a adesão ampla da população ao 5G acontece a partir de 70% de cobertura da rede na população, como a fornecedora viu em outros lugares no mundo.

Pelo lado das operadoras, Motta afirma que o momento pós-leilão do 5G é de introdução das obrigatoriedades e avanço da competição: “As operadoras estão com o cronograma para cumprir as obrigações, e nós vamos ajudá-las. Temos as grandes operadoras como clientes, mas também vemos os provedores regionais de Internet (ISPs) olhando para o mercado mobile. Nós estamos conversando com os ISPs”, contou.

“Para 2022, a nossa perspectiva para o Brasil é positiva, pois haverá competição entre as grandes operadoras e existe o avanço dos ISPs nos mercados regionais”, concluiu.