A Intelbras terminou o segundo trimestre de 2023 com um lucro líquido de R$ 118 milhões, aumento de 22% comparado aos R$ 97 milhões de um ano antes. O resultado foi puxado pelo bom momento da companhia em segurança e equipamentos de redes para operadoras, que tiveram incremento em suas receitas operacionais.

Mas houve recuo de 4% nas vendas da divisão de energia, que caiu de R$ 1 bilhão para R$ 971 milhões, o que impactou a receita operacional líquida da empresa. Ainda assim, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) da Intelbras registrou um aumento de 16% com R$ 137 milhões contra R$ 119 milhões de um ano antes. A empresa afirmou que isso se deve à resiliência dos negócios, excluindo energia solar.

Divisões

Divisão da receita da Intelbras entre o segundo trimestre de 2022 e de 2023 (reprodução: Intelbras)

Em segurança, o avanço em controles de acesso e no mercado de projetos e soluções (leia-se IoT) incrementou em 16,5% a receita operacional líquida da companhia, de R$ 482 milhões para R$ 561,5 milhões. Na divisão de comunicação, o avanço de vendas de equipamentos de fibra ótica, redes empresariais e 5G (para ISPs e para três grandes telcos) trouxe um crescimento de 18% em sua receita operacional, de R$ 193,5 milhões para R$ 229 milhões.

Desse total em comunicação, vale citar os 68,3 mil conversores vendidos para usuários de TV satelital, cujo espectro precisou ser limpo para a oferta de 5G. Essas comercializações adicionaram R$ 5,8 milhões à receita dessa categoria.

O lado negativo no resultado da Intelbras é a divisão de energia que está com uma acomodação de demanda, na visão da empresa. Dito isso, a receita operacional de energia caiu 47%, de R$ 340 milhões para R$ 180 milhões.

As mudanças no mercado de energia alteraram o mix de receita operacional da companhia na comparação ano a ano: o segmento de segurança teve um salto de 11 pontos percentuais, de 47% para 58%; comunicação subiu 5 p.p, de 19% para 24%; e energia caiu 16 p.p, de 34% para 18%.