O CPQD desenvolveu um projeto para levar conectividade a escolas localizadas em comunidades remotas, sem acesso à Internet banda larga e muitas vezes também sem energia. A solução, em estudo ainda, conta com apoio de recursos do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), do Ministério das Comunicações e da Finep. A meta é conectar 4,6 mil escolas públicas sem Internet e sem energia elétrica.

A iniciativa implementa um sistema individual de geração de energia elétrica com fonte intermitente (conhecido pela sigla SIGFI) usando painéis fotovoltaicos e baterias para armazenar a energia gerada e alimentar equipamentos de telecomunicações – podendo ser satélites, roteadores e Wi-Fi – a serem instalados nas escolas.

O gerenciamento do SIGFI será por meio de tecnologias de monitoramento e gerência a distância, com inteligência artificial.

Para isso, o CPQD desenvolveu dois algoritmos para a gestão remota de dois tipos de baterias: chumbo-ácido e de lítio. Além das características da bateria – que terá capacidade para manter o fornecimento por até três dias, mesmo sem sol – o algoritmo levará em conta também as condições climáticas da localidade. Se for necessário, o sistema vai gerar comandos ou alarmes para que o operador possa corrigir, restabelecer ou otimizar o uso da solução remotamente, evitando inclusive deslocamentos físicos de técnicos até o local para manutenção.

No momento, o CPQD está fazendo a prova de conceito e, até o fim do ano, a solução estará pronta para ser transferida para a indústria brasileira responsável pelo fornecimento de sistemas individuais de geração de energia elétrica com fonte intermitente – para colocar o produto no mercado.