Storytel

André Palme, country manager da Storytel, (Crédito: Guilherme Ruiz)

No começo deste mês, a Storytel (Android, iOS) realizou um corte no valor de sua mensalidade, de R$ 28 para R$ 15. Aproveitei essa redução para testar o aplicativo em seu período de degustação de sete dias, mas com a intenção de me tornar um assinante.

Com obras em português e inglês, o acervo do aplicativo e a qualidade de áudio para ouvir os audiobooks são fantásticos. Ênfase para o material do exterior, que muitas vezes vocês não tem versão em português ou sequer foram importadas impressões para o Brasil; e as obras produzidas dentro da Storytel tem boa qualidade de estúdio e interpretação dos narradores contratados.

Comecei com ‘Born to Run’, a biografia de Bruce Springsteen. E, para minha agradável surpresa, o próprio narra sua trajetória, das ruas de Nova Jérsei aos grandes palcos do mundo. Aliás, se você é daqueles usuários que não gosta de livros em áudio porque muitas vezes tem narração chata – como eu era –, o livro de Springsteen é um ótimo exemplo de como esse setor tem evoluído, uma vez que você ouve o “Boss” tocando sua guitarra entre os capítulos.

O player de áudio permite acelerar a reprodução, colocar hora para desligar, marcar pontos de destaque do livro e se clicar em opções, pode encaminhar para outras pessoas, convidar usuários para a plataforma, voltar do zero ou mudar para o modo de leitura. Se o usuário pausa a leitura, depois ele volta no mesmo ponto.

O modo de leitura tem divisão por capítulo, ajuste de cor (inclusive em preto para leitura noturna), ajuste de tipo, tamanho de fonte e espaçamento entre as linhas, além de marcar trechos do livro ou voltar à narração. O ponto positivo aqui é que a versões escrita e em áudio são fluidas, ou seja, o usuário pode parar de ouvir e ler no mesmo ponto em que está no livro.

Um lado negativo é que, uma vez dentro do livro, não existe mecanismo de zoom in e out, só é possível aumentar ou diminuir a letra via navegador. Outro ponto não agradável é uma prática muito comum, mas que acaba afastando o consumidor: para conseguir a degustação é preciso fazer uma assinatura prévia via Google Play ou App Store e, se passar/esquecer dos sete dias a primeira mensalidade é cobrada no cartão de crédito, por exemplo.

Ainda vale dizer que o sistema de busca é ótimo, algo bem raro para os dias atuais em apps que não são produtos de Google, Apple, Microsoft e Yahoo ou não streamings com investimentos pesados em tecnologia.

Em outras palavras, há um trabalho fantástico no motor de busca para compreender aquilo que o usuário busca, seja em inglês ou português.