A Celero agregou uma assistente conversacional com inteligência artificial à sua solução de gerenciamento financeiro para pequenas e médias empresas (BFM, na sigla em inglês). A Tina, como foi batizada, pode conversar em diferentes canais (app, WhatsApp etc) e entregar informações e insights financeiros para os gestores das empresas que usam a sua solução de BFM.
A Tina é capaz de analisar os dados financeiros de uma empresa e recomendar a melhor forma de realizar ou receber pagamentos; sugerir produtos financeiros, como crédito e investimentos; organizar o fluxo de caixa; identificar a origem de receitas e despesas etc. Tudo isso através de uma interface conversacional.
A assistente foi construída mesclando diferentes modelos de LLM, incluindo os da OpenAI e da Anthropic. E está sendo desenvolvido agora um modelo de pequeno porte (SLM) específico para a solução, informa a companhia.
BFM white label da Celero
A Celero fornece sua solução para instituições financeiras diversas, que, por sua vez, a disponibilizam com suas próprias marcas, dentro de seus canais digitais, como apps e sites, para seus clientes do segmento de PMEs. Caixa, Sicredi e Serasa estão entre as empresas que incorporaram sua plataforma BFM em seus produtos para PMEs.
“Nosso modelo é mais do que simplesmente um white label. Não nos limitamos a mudar as cores da ferramenta. Há várias customizações, trocamos várias camadas para conversar com os sistemas dos bancos”, explica João Augusto, CRO e cofundador da Celero, em entrevista para Mobile Time.
No Brasil, é comum pequenas empresas terem várias contas em diferentes bancos – às vezes é uma para cada maquininha de POS, por exemplo. Ferramentas de gestão financeira interbancária como a da Celero fazem uma diferença significativa no dia a dia, e ficaram ainda melhores depois do Open Finance.
Um estudo realizado pela Celero com uma amostra dos seus clientes indicou que 20% deles tiveram aumento do lucro operacional depois de adotarem a solução de BFM, seja por conta do aumento da receita ou pela redução de custos financeiros. E 37% conseguiram diminuir a inadimplência depois de melhorar seus processos de pagamentos com o uso das ferramentas criadas pela Celero.
“Temos estrutura de acompanhamento das informações e podemos gerar insights. Avisamos se os custos subirem ou se a margem estiver baixando. Será que a empresa está dando desconto demais? Ou gastando muito com maquininha? Damos dicas financeiras e até sugerimos a contratação de produtos”, relata.
A solução funciona bem para empresas com faturamento de até R$ 500 mil por mês, afirma o executivo. “Acima disso as necessidades mudam, a empresa precisa de outras funcionalidades”, compara.
A Celero vende sua plataforma como um serviço, no modelo SaaS, para instituições financeiras oferecerem à sua base de PMEs, incorporada em seus canais digitais proprietários. Em geral é cobrado um valor pela implementação e outro variável dependendo do tamanho da base de clientes e dos módulos a serem utilizados. A plataforma da Celero fica na nuvem e é gerenciada por ela própria.
Foto principal: João Augusto Betenheuzer, CRO e fundador da Celero. Crédito: divulgação
