A FICO, empresa de analíticos e plataforma de inteligência aplicada, em parceria com a Corinium, apresentou nesta terça-feira, 3, a terceira edição do relatório “Estado de Inteligência Artificial Responsável (IA) em Serviços Financeiros“. O levantamento, do último trimestre de 2022, mostra que pouco mais da metade (52%) dos líderes de empresas do setor disseram que estão mais inclinados a usar IA do que 12 meses antes. Apesar disso, para 71%, o uso ético e responsável dessa tecnologia não aparece entre as prioridades, nas estratégias empresariais.

A pesquisa ouviu 100 líderes atuantes na área de IA no setor de serviços financeiros e bancários nos Estados Unidos, pertencentes a empresas com receita anual mínima de US$ 500 milhões. Os níveis de função incluem a alta administração, diretores, vice-presidentes ou chefes de IA. Todos exercem influência em relação a dados, análises e estratégias de IA das organizações em que atuam.

Entre os principais benefício da IA responsável, foram citados: proporcionar melhores experiências aos clientes (74%); criar novas oportunidades de receita (69%); proteger o valor da marca e minimizar o risco de reputação (63%); melhorar a confiança do cliente (46%); economizar dinheiro (22%); entre outros.

43% das organizações relataram dificuldades com estruturas de governança de IA para atender aos requisitos regulatórios, enquanto apenas 44% definiram de forma clara e objetiva padrões de IA responsável no nível do conselho. Apenas 8% consideram seus padrões de IA responsável como maduros.

57% disseram que suas organizações não têm consenso sobre como medir o impacto e o viés dos modelos de IA. Metade (50%) dos entrevistados não usam um padrão para o desenvolvimento de modelos de IA. Os resultados da pesquisa mostraram que 27% das corporações não começaram a definir suas capacidades de IA responsável.