Alex Katouzian, vice-presidente e gerente geral de mobile da Qualcomm

A Qualcomm pretende competir pelo mercado de chipsets para smartphones com preços a partir de US$ 250. A informação foi compartilhada por Alex Katouzian, vice-presidente e gerente geral de mobile da Qualcomm, durante o lançamento do Snapdragon 888 no Tech Summit, evento promovido pela empresa nesta terça-feira, 1°.

Em conversa com jornalistas após a apresentação oficial da plataforma móvel, Katouzian afirmou que um dos avanços estipulados pela fornecedora é “levar o 5G a todas as camadas da população”. Ele deu como exemplo o fato de o modem 5G da Qualcomm estar embarcado em chipsets Snapdragon da série 400, aquela de processadores menos custosa de sua empresa.

“Os chipsets da gama mais alta de preço, como os Snapdragons da série 800, ditam a tecnologia para as outras séries. É uma mudança em cascata que ocorre em cada geração, de seis a nove meses. Com isso, nós queremos cobrir (o 5G) da faixa de US$ 250 e acima”, disse Katouzian.

Economia e 5G

Outro tema destacado pelos executivos foi a importância do 5G para a economia mundial. Em vários momentos de sua apresentação e na conversa posterior com a imprensa especializada, Cristiano Amon, CEO da Qualcomm, afirmou que a quinta geração das redes celulares tem potencial para “democratizar a computação”.

“O 5G pode ter um papel de inclusão e desenvolvimento econômico, em especial nos países em desenvolvimento na América Latina. Ele (5G) deve ter mais de 750 milhões de conexões até 2022. No passado do GSM, a tecnologia era desenvolvida e instalada nos países mais avançados e depois chegava àqueles em desenvolvimento, como a América Latina. Agora, nós vimos que essa dinâmica mudou com o 3G e 4G”, afirmou o CEO da Qualcomm.

“A evolução do smartphone ajudou a crescer negócios e mudar o uso de tecnologia. Hoje, os países que atrasarem no 5G vão atrasar o desenvolvimento e negócios de muitas empresas. É importante dizer que o 5G tem a habilidade de democratizar a computação. E que isto trará mais impacto em como conectamos as pessoas”, concluiu Amon.