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Yuri Fiaschi é o novo VP da Infobip (crédito: divulgação/Infobip)

O lançamento de uma versão mais simples do RCS no Brasil servirá como porta de entrada para esse novo canal de comunicação. Na visão de Yuri Fiaschi, vice-presidente de negócios e parcerias estratégicas da Infobip, isso ajudará a mudar a dinâmica da comunicação entre marcas e consumidores.

Em conversa recente com Mobile Time, o executivo prevê que a adoção do RCS seguirá duas linhas diferentes: uma nos EUA, onde há predomínio de iPhones, e outra nos mercados com liderança do Android, como o Brasil, onde o principal mensageiro é o WhatsApp.

“No mercado norte-americano, o RCS é o futuro. Os americanos não usam app de mensageria, só em certos nichos. Hoje, ainda é forte a comunicação no SMS. Quando você precisa trazer uma coisa nova interessante, o RCS, junto com o Apple Business Chat, traz uma experiência interessante”, avalia Fiaschi. “O Brasil vem de uma história diferente. O SMS sempre foi visto como algo caro. O usuário final procurou alternativas, como ICQ, MSN e Skype. E, mais recentemente, o WhatsApp se tornou o principal. O WhatsApp está em 99% dos celulares, segundo a pesquisa de vocês (Mobile Time/ Opinion Box)”, comenta. “O RCS é interessante, mas não vai combater o WhatsApp. Haverá um overlap e o RCS terá coisas novas”, completa.

Em sua visão, o RCS demorou a entrar devido à falta de “protagonistas” para abraçar o projeto. Algo que foi resolvido finalmente com a parceria criada entre Google e operadoras de telefonia. Contudo, o projeto precisa evoluir para uma segunda etapa.

“O que falta é um acordo entre as operadoras para lançarem o RCS todas com o mesmo preço. E se precisar de investimento, nós (Infobip) podemos ajudá-las. Mundialmente, somos parceiros das operadoras”, conta.

Software nos negócios

Atualmente conectado a mais de 700 operadoras no mundo, a Infobip cresce entre 45% e 55% em receita por ano. Parte dessa estratégia se deu com a adição de uma camada de software em cima de sua plataforma de comunicação como serviço (CPaaS). Esse desenvolvimento foi feito durante a pandemia e permitiu que parte da tecnologia fosse oferecida para Unicef e 30 governos para fizeram a comunicação apropriada durante a crise sanitária. A empresa atua em áreas como varejo (digital e offline), telecomunicação, logística, serviços financeiros e pequenas empresas (wholesale).