| Publicada originalmente no Teletime | A Huawei ativou uma rede privada de rede 5G para suportar as operações de seu próprio centro de distribuição localizado em Sorocaba (SP), onde a empresa tem fábrica. Na área de 22 mil metros quadrados, o novo padrão já está sendo utilizado em aplicações como a conexão de robôs móveis para funções de logísticas. A rede conta com uma operadora parceira, porém, por sigilo contratual, seu nome não pode ser divulgado.

O anúncio da empreitada foi realizado nesta quinta-feira, 6, durante evento online promovido pela empresa. De acordo com o gerente de marketing estratégico da Huawei Brasil, Tiago Fontes, uma licença de espectro em 3,4-3,5 GHz está sendo utilizada pelas 10 antenas indoor que cobrem totalmente o centro de distribuição. O armazém também foi equipado com infraestrutura de edge computing.

Ao todo, sete aplicações corporativas já se utilizam do sinal. Entre elas, a operação de 12 veículos automatizados guiados (AGVs) que realizam o transporte de materiais no ambiente e que comportam até 800 kg. A Huawei reporta uma conexão média de 20 Mbps e latência entre aplicação e servidor de 30 milissegundos no caso de uso. Até 100 robôs do gênero poderiam operar na rede; uma CPE 5G acoplada aos AGVs serve como interface para a conexão.

Um dos veículos automatizados guiados (AGVs) no armazém da Huawei

A rede também está sendo utilizada para sensoriamento IoT via identificação por radiofrequências (RFID) e segurança inteligente através da conexão de câmeras. De modo geral, 300 terminais já estão conectadas à rede privada de 5G em sua operação. A iniciativa teria garantido ganhos de eficiência de 25% para a companhia através da automatização de processos.

Opções

O projeto da fornecedora foi maturado desde outubro do ano passado e os primeiros testes foram realizados em dezembro. De acordo com Fontes, opções como Wi-Fi, Bluetooth e redes 4G ou fixas não seriam capazes de garantir o nível de serviço desejado pela companhia para a operação logística. Fontes estima que 50 mil metros de cabos seriam necessários para a cobertura do centro, caso este caminho fosse seguido.