Roberto Parizotti/Fotos Publicas

Manifestação dos motocicletas em São Paulo na última quarta-feira, 1º de julho

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) manteve a audiência dos aplicativos com os sindicatos de motociclistas e entregadores de São Paulo, SindimotoSP, para o dia 14 de julho. Em nota enviada ao Mobile Time nesta sexta-feira, 10, a entidade de classe disse que não aceitaria que a oitiva fosse adiada.

Na prática, o SindimotoSP terá audiência por videoconferência com Loggi, Bee, Lalamove, Delivery Center, 99, iFood e Rappi, e outras empresas no setor na terça-feira, 14, às 16h. Mas um pedido de adiamento teria sido feito pelo desembargador Rafael Edson Pugliese Ribeiro na manhã desta sexta-feira.

Contudo, a equipe de comunicação do TRT-2 confirmou que data e horário da audiência estão mantidos para a terça-feira, 14, conforme despacho original da audiência. No encontro, os advogados das empresas poderão apresentar suas respectivas defesas.

Manifestação mantida

Neste cenário, o SindimotoSP afirmou que manterá a data de sua segunda paralisação para o dia 14 de julho, a partir das 9h na cidade de São Paulo. Agora, além de passar por vias principais na capital, os sindicalistas pretendem levar os manifestantes até a porta das empresas de delivery. No começo desta semana, Gerson Cunha, presidente interino da entidade de classe, estimou que terão entre 1 mil e 3 mil motoboys manifestando no dia 14 de julho.

Reivindicações

Vale lembrar, o movimento organizado pelo SindimotoSP teve forte apoio nas redes sociais através da #brequedosapps. A primeira paralisação ocorreu no dia 1º de julho e teve participação de motoboys em diversas capitais brasileiras. Entre as reivindicações da classe estão:

– aumento do valor por entrega realizada;

– aumento do valor pago por km rodado;

– fim das punições de bloqueios e desligamentos e do sistema de pontuação e restrição dos locais de trabalho;

– contratação de seguros de vida e contra acidente, roubo e furto de moto;

– fornecimento de EPI’s para sanitização, tais como álcool em gel 70%, máscaras descartáveis (mínimo 4/dia) e local fixo para higienização das mãos e baú das motos;

– licença remunerada para os contaminados pelo novo coronavírus no exercício do trabalho.

Desde as movimentações da greve do 1º de julho, as empresas afirmam que fornecem os EPIs, que o valor pago vem aumentando, que não punem arbitrariamente os entregadores, e que tem fundos e ofertam seguros aos motoboys. Os entregadores afirmam que as ações não são suficiente e não atingem toda a classe.