A Infobip está passando por uma reformulação mundial da sua estratégia de vendas e de seu modelo de negócios. A ideia agora é oferecer uma venda mais consultiva, identificando dores específicas de cada cliente e propondo soluções com base em seu portfólio de produtos. A cobrança, por sua vez, é feita com base no sucesso obtido, medido com algum indicador (KPI) escolhido em conjunto com o cliente. Essa nova estratégia será o principal impulsionador do crescimento projetado de 41% para a receita global da empresa em 2022. No Brasil, é esperado um aumento entre 45% e 55%, acima da média da companhia, portanto.

“É uma transformação mundial da empresa. Queremos fugir de custo de SMS ou do custo do WhatsApp. Deixamos o modelo de consumo de insumos e entramos em ‘professional services’. O cliente passa a ver valor agregado na solução que entregamos”, explica Yuri Fiaschi, vice-presidente global de vendas da Infobip, em conversa com Mobile Time.

Verticais

No Brasil, a Infobip aposta principalmente em três verticais: finanças, varejo e telecomunicações. Em finanças, por exemplo, acredita que seus produtos podem ajudar bancos e fintechs a combaterem fraudes, um problema que atinge até mesmo novos produtos digitais, como o Pix. No varejo, o caminho pode estar em ajudar as empresas em suas estratégias de marketing omnichannel, promovendo o engajamento dos consumidores mas respeitando a LGPD. Em telecomunicações, Fiaschi enxerga oportunidades também para combate a fraudes e aumento do tráfego internacional nas redes.

Junto com o novo rumo em seus negócios a Infobip está contratando mais especialistas. No escritório de Curitiba, por exemplo, a equipe aumentou 55% e agora são 90 pessoas. Foram contratados engenheiros de vendas, pessoas especializadas em ‘professional services’ e experts em vendas de produtos.

Devs

Outra novidade na estratégia da empresa é a sua aproximação com a comunidade de desenvolvedores a partir da aquisição da Shift, que organiza eventos nessa área na Europa e presta consultoria para startups. “Gostaria de trazer para o Brasil a parte de aceleradora e incubadora. O modelo de escritório que temos poderia atrair startups, que poderiam se tornar futuros parceiros, ajudando no desenvolvimento de novas tecnologias”, comenta o executivo.