A construção da privacidade de forma que concilie com o ativo econômico é complexa. Para Abraão Balbino, superintendente de comunicação da Anatel, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é a guardiã desses direitos em um mundo em que o volume de dados é um ativo econômico e sua produção cresceu muito nos últimos 10 anos – com os aplicativos e os smartphones –, mas ficará cada vez maior com um conjunto mais expressivo de tecnologia, como as realidades virtual e aumentada e a Internet das Coisas.

Porém, de acordo com Balbino, a solução não é antever possíveis problemas de privacidade, mas educar a população. “Muitas vezes a gente tenta antever o problema, como criar um organismo que regulamenta (a Autoridade Nacional de Proteção de Dados) sem os problemas emergirem. Acredito, e essa é uma opinião pessoal, que o conhecimento das pessoas – como se comportar no mundo digital – seja mais importante do que uma questão de comando e controle de uma autoridade”, opinou o superintende de comunicação da Anatel durante painel da Futurecom Digital Summit nesta segunda-feira, 22, sobre cidades inteligentes.

“Concretamente – sobre a questão da vigilância – a privacidade é um direito disponível e temos que lidar com a questão. E a educação cidadã é mais importante do que o controle do estado”, resumiu.