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Ilustração: Cecilia Marins/Mobile Time

A visão computacional é a tecnologia de inteligência artificial mais usada por empresas latino-americanas (48%), segundo pesquisa da IDC encomendada pela SAS feita em julho com mais de 300 companhias. Apresentada nesta quinta-feira, 28, a pesquisa indica que vêm em seguida as tecnologias de automação de processos (47%) e de gráficos de conhecimento e reconhecimento de texto com (44%).

Contudo, Fabio Martinelli, analista de cloud e IA da IDC Brasil, explicou que há um “campo verde” para ser explorado. Isso porque outras tecnologias mais avançadas ainda não foram adotadas. Um exemplo de tecnologia que tem espaço é o reconhecimento de voz e fala. 45% das empresas ouvidas ainda estão avaliando ou com projeto piloto contra 41% das empresas que já usam. Em processamento de linguagem natural, 41% estão avaliando ou testando contra 30% que utilizam.

Também chama a atenção que a tecnologia de gêmeos digitais, tão em voga com o metaverso, é rejeitada por empresários locais, uma vez que 44% não consideram usá-la, contra 28% que usam e outros 28% que estão fazendo pilotos ou avaliando.

Motivação

Entre os motivos para as empresas usarem IA, 60% citam melhorar a capacidade de analisar dados históricos para predição; 44%, para otimizar as operações; 38%, para gerar insights; 34%, para automatizar a tomada de decisão; e 32%, para automatizar a preparação de dados. O modo como acessam os dados elaborados por IA e analytics são: aplicações de negócios (54%); relatórios de autoatendimento (50%); dashboards interativos (49%); orientação por códigos como Python (43%); e aplicativo móvel (29%).

Estratégia

O modelo ideal para adotar IA, dados e analytics é PaaS (cloud pública) com 46% das empresas querendo adotá-la entre um e dois anos. Mas 21% querem adotar a nuvem privada nesse período. Para Martinelli, esse movimento de privado versus público é algo que “depende da estratégia de cada empresa”. A pesquisa aponta que quem decide sobre o uso de IA, dados e analytics nas empresas é o CIO (46%) seguido por CEO (18%) e CFO (13%). Entre os principais fatores de escolha estão: forte suporte técnico (56%); preço (52%); plataforma de implantação (50%); e relevância para o negócio (49%).