O CEO do next (Android, iOS), Curt Zimmerman, acredita que os bancos devem avançar para produtos e serviços ainda mais simplificados daqueles que temos atualmente, conceitos que ainda não se encontram nas instituições financeiras. Durante o Febraban Tech nesta quarta-feira, 28, o executivo deu como exemplo a possibilidade de ofertas de jornadas mais amigáveis e simples aos clientes bancários, como a predição de gastos ou investimentos com ajuda de dados e inteligência artificial (IA).

“Nós (bancos) não conseguimos integrar dados para propor movimentos e até apoiar o cliente. Acredito que o banco do futuro será algo que encaminhará para isso”, afirmou. “Tecnologia não é um problema para o consumidor brasileiro. Por isso imagino que as curvas de adoção no Brasil serão mais agudas, como com a IA generativa. E acredito que seremos pontos de testes de algumas tecnologias”, completou.

Por sua vez, Fernando Kontopp, diretor de tecnologia Itaú, acredita que o banco do futuro será aquela instituição que consegue “se adaptar rapidamente” as novas realidades da vida do cliente. O executivo também deu como exemplo a IA generativa, uma vez que estima que essa tecnologia pode mudar a vida e o consumo do cliente bancário no seu dia a dia.

Kontopp também acredita que os investimentos de tecnologias dos bancos continuarão importantes, em especial para estarem mais próximos do cliente. Dito isso, o diretor do Itaú não acredita que o físico deixará de existir.

“Mesmo hoje no banco, nós adotamos a estratégia phygital. Ou seja, coexistir o físico e o digital para ser mais conveniente ao cliente”, disse Kontopp. “Mas, o setor como um todo continuará mudando. Contudo, nós teremos que construir jornadas para mudar, não para durar”, concluiu.

Mais pragmático, o country head e head latam de bancos, serviços financeiros e seguros da TCS – Tata, Tushar Parikh, afirmou que haverá espaço para mais investimentos incrementais, como soluções para automatização dos bancos, baseados em IA e dados para fazer cross sell de produtos e serviços customizados a clientes que sejam hiperconectados.

“Também temos como vai impactar a IA generativa. Ainda não temos casos, mas certamente criará valor no futuro dos bancos”, completou Parikh.