Crise da Oi: Ricardo Malavazi deixa comando financeiro da Oi

O CFO e diretor de relações com investidores da Oi Ricardo Malavazi Martins renunciou aos cargos nesta segunda-feira, 2. De acordo com fato relevante publicado pela empresa, a diretoria escolheu Carlos Augusto Machado para assumir o car…

Marketing: Oberthur Technologies e Morpho viram IDEMIA

A empresa resultante da fusão entre Oberthur Technologies e Morpho vai se chamar IDEMIA. A nova marca foi apresentada nesta segunda-feira, 2, em um evento na França. O nome foi escolhido porque faz alusão a conceitos como “identidade” e “ideia” e à palavra latina “idem”. A IDEMIA pretende focar principalmente no conceito de “identidade aumentada”, com soluções de biometria para identificar pessoas nos mais variados serviços digitais e objetos conectados.

A IDEMIA nasce com receita anual de 2,8 bilhões de euros; 14 mil funcionários; clientes em 180 países incluindo mais de 500 operadoras de telecomunicações; quase 1,4 mil patentes registradas; mais de 3 bilhões de documentos de identidade emitidos no mundo.

Smartphones: CEO da Claro critica estratégia da indústria de smartphones para o Brasil

Ao apresentar a expansão do projeto de LTE-Advanced Pro, o CEO da Claro, Paulo César Teixeira, fez uma dura crítica aos fabricantes de celulares. O motivo é que apenas alguns modelos do atual portfólio da operadora são compatíveis com a nova tecnologia – o Galaxy S8 e S8+, da Samsung; e o Moto Z2 Force, da Motorola. Sem nomear uma empresa específica, Teixeira reclamou que os terminais lançados no mercado brasileiro acabam vindo com menos funcionalidades e recursos.

“A indústria tem mercados onde escolhe colocar determinados produtos e funcionalidades, como o chipset, o que limita a capacidade do produto”, declarou ele nesta segunda-feira, 2, durante coletiva de imprensa na sede da Claro. “Estamos dizendo para a indústria: traga ao Brasil o melhor produto que tiver, com a melhor geração e melhor chipset, porque a rede aqui é equivalente às melhores do mundo”, diz. Teixeira destaca que produtos que custam R$ 4 mil não deveriam ter tais limitações. “Se você vai em outros mercados, o mesmo produto é vendido com mais funcionalidades.”

O presidente da Qualcomm, Rafael Steinhauser, destaca que a atualização do parque de terminais no mercado é necessária com a chegada de novas tecnologias. “Trazer telefones é um desafio da indústria, colocar (os aparelhos) na mão dos usuários. Não é tão evidente, às vezes o mesmo telefone tem muitas variantes, e às vezes colocam em mercados considerados secundários chipsets que não têm todas as características”, explica. Steinhauser destacou, entretanto, que a próxima geração de “telefones premium” usará chipset Snapdragon também na região.

Infraestrutura: Claro levará 4,5G a mais dez cidades até o final do ano

Lançado em Brasília em abril, o LTE-Advanced Pro da Claro (chamado comercialmente de 4,5G pela operadora) será implantado de forma gradativa até o final do ano em mais dez cidades, das quais nove são capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador e São Luís, além de Campinas (SP). A promessa é de levar velocidades de até 300 Mbps com agregação de portadoras em 2,5 GHz e 1,8 GHz, também adicionando uma terceira em 700 MHz onde estiver disponível.

Conforme explica o diretor de engenharia da Claro, André Sarcinelli, isso inclui também um projeto de melhoria na infraestrutura. A companhia, que atualmente está presente em 4.162 municípios, promoverá a modernização de 9 mil sites, dos quais 2 mil são novos. “Nos 7 mil (restantes) estamos voltando e tirando todo o equipamento (antena, fibra, baterias, eletrônica) e estamos trazendo equipamento mais moderno com Ericsson, Huawei e Nokia”, declarou ele em coletiva de imprensa nesta segunda, 2, na nova sede da tele em São Paulo. Esses hardwares serão “prontos para 5G” também, afirma.

O projeto, diz Sarcinelli, continuará para toda a base de torres nos próximos anos. No total, a companhia conta com 18.500 sites, sendo 4.500 de terceiros (por meio de compartilhamento de infraestrutura). A companhia não divulgou valores de investimento. “Mas são 9 mil sites, praticamente metade da nossa rede. É relevante. Estamos modernizando toda a eletrônica, mas os meios de transmissão são os existentes”, destaca o CEO da Claro, Paulo César Teixeira.

A capacidade de espectro disponível varia por localidade. Enquanto em 2,5 GHz a companhia tem 20 MHz (10 MHz + 10 MHz) em todo o País, na faixa de 1,8 GHz dependerá se a companhia conta com mais capacidade nesse espectro em vez de 850 MHz. Em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Paraná e Santa Catarina, a operadora está liberando 15 MHz para LTE enquanto 5 MHz permanecem no GSM. Para São Paulo, a operadora conta com 10 MHz – mas, com a implantação de uma tecnologia da Ericsson, a rede é gerenciada de forma inteligente para utilizar toda a capacidade apenas quando estiver ociosa em GSM. Assim, ficam 20 MHz + 10 MHz. Mesmo assim, garante a empresa, as velocidades oferecidas ainda estarão em cerca de 300 Mbps.

A questão, porém, não é apenas a agregação de portadoras, mas a implantação das outras funcionalidades do padrão LTE-Advanced Pro, como por exemplo, a de múltiplas entradas e saídas (MIMO) 4×4, que possibilita quatro canais de recepção e quatro de transmissão; e a modulação avançada de 256 QAM, que permite maior eficiência espectral, transmitindo maior volume de dados simultaneamente. Em testes da operadora, as velocidades alcançaram em torno de 364 Mbps em condições ideais.

Por conta desses novos recursos, poucos aparelhos atualmente no mercado são compatíveis com o LTE-Advanced Pro da Claro. No portfólio da operadora, apenas o Galaxy S8 e S8+ da Samsung e o Moto Z2 Force, da Motorola, podem funcionar no 4,5G. No caso dos dispositivos da Samsung, é necessário uma atualização de firmware para a compatibilidade. A fabricante sul-coreana ainda promete que os futuros aparelhos tenham a funcionalidade, incluindo provavelmente o Galaxy Note 8, que será apresentado no Brasil nesta quinta-feira, 5.

Futurecom 2017: Investir em start-ups depende da tecnologia e da equipe, dizem especialistas

Investidores e aceleradoras das start-ups expõem algumas barreiras para o aporte de capital em start-ups brasileiras, que precisam ser superadas. A discussão foi trazida durante painéis promovidos pela Abranet dentro da Futurecom, nesta segunda-feira, 3.

“Uma das barreiras é a questão técnica, a outra é a cópia de modelos já existentes que terão dificuldade de ganhar escala. Às vezes eles querem desenvolver uma tecnologia, mas não tem nenhum sócio com aquele conhecimento”, disse Guilherme Ralisch, consultor do Sebrae-SP, que não investe em start-ups, mas ajuda a desenvolver seus negócios com conhecimento e mentoria.

“Damos preferência ao empreendedor que tem experiência naquele segmento. A gente investe no time, e o time tem que ter capacidade de disrupção. O empreendedor tem que ter ideia boa, mas a capacidade de execução precisa estar acima da ideia”, completou Marcelo Sato sócio na Astella Investimentos.

Por outro lado, Jorge de Paula Costa Ávila, diretor sênior de desenvolvimento de negócios da Qualcomm, frisou que não há necessidade do criador de uma ideia ser de uma start-up e que o mais importante é o modelo de negócios atrelado à tecnologia.

Burocracia

Outro problema envolto no ecossistema de start-ups é a burocracia. Relações como documentação, patente e formas de pagamento entre grandes corporações e VCs que querem investir em novos empreendedores ainda são vistos como obstáculos para o desenvolvimento dos negócios. José Eduardo Veloso, engenheiro de tecnologia e inovação da Bosch, acredita que a utilização de métodos como fast track (rápido cadastramento de fornecedor) e trazer a start-ups para dentro de uma empresa podem ser uma forma de reduzir essas barreiras.  

Já Rogério Tamássia, fundador e diretor da Liga Ventures, visualiza a necessidade de as grandes corporações olharem com mais carinho para as start-ups na hora de as cadastrarem como fornecedoras. “Estamos em um processo de aprendizado. A grande empresa começa a olhar para a start-up como parceira. Muitas empresas criaram processo de Fast Track, mas é necessário produzir novos caminhos. Tem empresa que demora 60 dias para pagar o fornecedor, em muitos casos, 60 dias é vital: ela pode morrer neste tempo”.

Dinheiro

Os executivos foram questionados sobre os planos de suas empresas ou clientes dispenderem mais dinheiro para as start-ups que não estão em estágio inicial. A maioria disse que há dinheiro para investir, porém depende da tecnologia. O único que foi efusivo com o valor injetado nas novas entrantes foi Sato. Em sua venture capital, eles investem entre US$ 2 e US$ 4 milhões, mas avalia que para start-ups que precisam de quantias maiores para crescer (a partir de US$ 20 milhões) o ideal é ir para fora do País, pois não há investidores com tamanha capacidade de aporte aqui.

Artigo: Três meses depois: Moto E4 Plus

Comprar um celular não é nada mais do que sentimento. Como no dito popular, o santo tem que bater no primeiro olhar, na primeira pegada, ou o relacionamento entre dono e máquina vai ser complicado. Com o Moto E4 Plus não h…

Crise da Oi: Justiça adia assembleia de credores a pedido da Oi

O Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro deferiu o pedido da Oi para adiar a assembleia geral de credores (AGC). Em fato relevante enviado nesta quinta-feira, 28, à Comissão de Valores Mobiliários, a companhia confirmou que a solicitação foi aceita integralmente. Assim, a primeira convocação será adiada em 15 dias, ficando para a nova data de 23 de outubro. Já a segunda chamada foi adiada para 27 de novembro. O local onde ocorrerá a AGC continua o mesmo: o centro de convenções Riocentro.

A solicitação foi enviada ao TJ-RJ ainda na quarta-feira, 27, após reunião do conselho da Oi. O motivo para o adiamento são as novas condições determinadas pela 8ª Comarca Cível do TJ-RJ, que decidiu na semana passada que a empresa precisará apresentar listas de credores e informações contábeis e financeiras de forma individualizada por cada sociedade do grupo em recuperação judicial, além de votação segregada.

Na decisão, emitida ainda na quarta-feira, o Juiz Fernando Viana afirma que o Ministério Público não se opôs ao pedido de adiamento da assembleia, “uma vez que considerou indispensável a adoção, por parte das recuperandas, de diversos ajustes quanto à negociação com os credores e até mesmo quanto ao procedimento a ser adotado no que diz respeito à contagem e apuração de votos”. Assim, declara Viana: “diante de todas as circunstâncias apresentadas e do curto prazo que se busca adiar o início da instauração da AGC, acolho na íntegra o pedido de adiamento na forma requerida”.

Crise da Oi: Anatel adia decisão sobre caducidade da concessão da Oi

O conselheiro Leonardo de Morais retirou da pauta do Conselho Diretor da Anatel desta quinta-feira, 28, o processo administrativo instaurado para acompanhar a evolução da situação econômico-financeira das empresas de telecomunicações integrantes do Grupo Oi no intuito de decidir pela abertura ou não de processo de caducidade da concessão e cassação das autorizações dessas prestadoras. Para adiar a decisão, ele alegou a necessidade de prudência na condução do processo e os comunicados ao mercado feitos hoje pelas empresas, mas advertiu que a matéria poderá retornar em breve à pauta decisória, em reunião ordinária ou extraordinária.

A Anatel está especialmente preocupada com eventuais conflitos de interesses entre acionistas e credores. Na nota, a agência diz: “Tais eventos trazem ao exame nuances que suscitam, inclusive, indícios de eventual conflito de interesses prejudicial à necessária construção de Plano de Recuperação Judicial que efetivamente contemple os interesses associados à viabilidade operacional no longo prazo das empresas do Grupo Oi”, em referência ao que foi observado pela agência na reunião do conselho de administração da empresa realizada na quarta, 27. Mais adiante, a Anatel alerta: “Ainda que se compreenda como legítimos os interesses dos acionistas e dos credores, para o regulador setorial têm primazia a efetiva preservação e a continuidade das atividades e serviços prestados.”

Nessa semana, Morais esteve com o juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da prestadora e ficou impressionado com o grau de complexidade alcançado, podendo resvalar para a decretação da falência do grupo. Também entende que a solução para a situação precisa vir do mercado, com aporte de mais recursos.

Nos comunicados, a Oi informa o aumento da participação da Goldman Sachs e subsidiárias para 9,8% das ações da companhia, somando 15,5 milhões de ações, sem pretensões de alterar a composição acionária ou administrativa da prestadora. Além disso, trata do pedido e aceitação pelo juízo do adiamento das datas da Assembleia Geral de Credores solicitado pelo Conselho Administrativo da prestadora. Com isso, o dia de realização da AGC passa de 9 para 23 de outubro em primeira convocação, e de 23 de outubro para 27 de novembro na segunda convocação. Segundo Morais, essas movimentações “ocasionaram alterações no cenário de análise”.

Leia, a seguir, a íntegra da nota divulgada pelo conselheiro:

“O processo administrativo instaurado para acompanhar a evolução da situação econômico-financeira das empresas de telecomunicações integrantes do Grupo Oi foi retirado da pauta desta 834ª Reunião do Conselho Diretor pelas razões expostas a seguir.

Desde que nele se passou a acompanhar, também, o processamento do pedido de Recuperação Judicial do Grupo Oi, sua complexidade cresceu exponencialmente. Como é sabido, essas empresas estão entre as maiores prestadoras de serviços de interesse coletivo – em telefonia fixa e móvel, banda larga e televisão por assinatura – e posicionam-se entre as maiores provedoras de infraestrutura do setor de telecomunicações.

Em vista do processo judicial em curso, que pode inclusive culminar na decretação de falência, a continuidade dos serviços prestados e a integridade do sistema de telecomunicações brasileiro é motivo de máxima atenção e zelo por esta Entidade Reguladora.

A expectativa da Agência, reiterada em diversos momentos, é de que seja endereçada uma solução de mercado.

Todavia – o que também foi reiterado em diversas oportunidades –, considero que a Anatel não se furtará de agir para garantir a continuidade da prestação dos serviços, bem como o funcionamento do setor em sua plenitude, qualquer que seja o resultado da Recuperação Judicial.

Nesse sentido, inobstante meu entendimento ter sido estruturado para viabilizar a pauta da matéria, alguns fatos, como provimento de exemplo, a divulgação na data de hoje dos “Comunicados ao Mercado” e do “Fato Relevante”, bem como o relato do representante da Anatel sobre a Reunião do Conselho de Administração da Oi, realizada ontem, ocasionaram alterações no cenário de análise.

Tais eventos trazem ao exame nuances que suscitam, inclusive, indícios de eventual conflito de interesses prejudicial a necessária construção de Plano de Recuperação Judicial que efetivamente contemple os interesses associados à viabilidade operacional no longo prazo das empresas do Grupo Oi.

Ainda que se compreenda como legítimos os interesses dos acionistas e dos credores, para o regulador setorial têm primazia a efetiva preservação e a continuidade das atividades e serviços prestados.

Nessa perspectiva, é fundamental que haja maior sensibilidade ao fato de que a viabilidade da companhia e o sucesso desse processo dependem de significativo aporte de capital. Dito de outra forma, um Plano de Recuperação Judicial que atraia capital novo e concentre esforços na recuperação da capacidade operacional e sustentabilidade econômico-financeira das empresas.

Assim, em virtude das informações recentemente trazidas ao meu conhecimento e da imprescindível prudência que o caso requer, no exercício das prerrogativas regimentais, solicitei a retirada da matéria da pauta desta Reunião do Conselho Diretor.

Esclarece-se, primeiro, que a retirada da pauta em nada prejudica a compreensão de que as empresas do Grupo Oi respondem legalmente a duas autoridades, quais sejam: ao juízo de falência, por força da Recuperação Judicial em curso, e à Anatel, em razão de suas competências como regulador setorial.

Segundo. Como mencionado, a Agência tomará as providências que julgar necessárias e adequadas, no exercício de sua discricionariedade técnica,  para garantir a continuidade das operações e reduzir o risco sistêmico do setor.

Entre tais medidas, estão sendo consideradas tanto a decretação de intervenção quanto a abertura de processos administrativos para avaliar a caducidade da concessão de telefonia fixa e a extinção das demais outorgas de serviço e de radiofrequência. Essas medidas possuem previsão legal e estão sob a alçada desta Agência.

Sem embargo, são excepcionais e ultima ratio. Dependem não apenas do atendimento das hipóteses previstas em Lei, mas também de se mostrarem, ante a análise de conveniência e oportunidade, instrumentos hábeis a alcançar posição mais segura e favorável ao interesse público, o qual a Anatel está incumbida por poder-dever legal de resguardar.

Terceiro, vale esclarecer que qualquer que seja a providência tomada pela Agência, será assegurada às partes envolvidas a observância dos direitos garantidos pela Constituição, pela Lei e pelo Regimento da Anatel.

Nesse sentido, a matéria poderá retornar em breve à pauta decisória do Conselho Diretor da Anatel, em reunião ordinária ou extraordinária.

Brasília, 28 de setembro de 2017.”