O vice-presidente da Wake, Alessandro Gil, acredita que o varejista deve “municiar” o vendedor com o WhatsApp e celular para aumentar a conversão de vendas. O executivo participou do Congresso Digitalização do Varejo nesta quinta-feira, 16.

Na visão de Gil, o mercado do varejo muda do customer-centric para o customer-people-centric, ou seja, o vendedor está cada vez mais inserido na jornada do consumidor. Por isso o profissional de vendas utiliza “ferramentas” para ajudar na conversão de vendas, como o celular com WhatsApp, além de dados que o aproximem do consumidor sem ser invasivo.

Para Felipe Dellacqua, CMSO da Infracommerce, o WhatsApp na mão do vendedor colabora para trazer rentabilidade e lucratividade, pois tira o profissional da “ociosidade” em períodos que teriam pouca ou nenhuma, como o começo da jornada de trabalho em shopping que tem pouca movimentação. Explicou que isso é feito com o vendedor usando o app de mensageria e mais as informações do estoque e tentando impactar a rede de clientes. Deu como exemplo a marca de roupas Reserva.

“Com o WhatsApp, os gestores (do varejo) começam a colocar metas para reduzir ociosidade (dos vendedores)”, completou Dellacqua.

Por sua vez, Alejandro Vázquéz, cofundador e presidente da Nuvemshop, afirmou que outro diferencial do WhatsApp na mão dos vendedores é que o app permite ampliar a oferta para os clientes, uma vez que podem passar a oferecer produtos que estão na loja física e no comércio eletrônico. Ainda assim, o executivo afirmou que há uma questão de eficiência de processos no WhatsApp para avançar com o uso dessa tecnologia, como gestão de inventário, pedidos, métricas de vendas, mas principalmente a comunicação com o consumidor, pois o cliente pensa a loja (online, física e no mensageiro) como uma só.

Imagem principal, da esquerda para direita: Alessandro Gil, Wake; Alejandro Vázquez, Nuvemshop, Felipe Dellacqua, Infracommerce (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)