A pré-criação, o desenvolvimento, o lançamento e a curadoria dos robôs de conversação são etapas que precisam da participação das empresas que os encomendam. Esse foi um dos consensos dos gestores de Inbenta, Smarkio, Certsys, Atento e Ubots durante palestra online no Super Bots Experience, evento organizado por Mobile Time nesta quinta-feira, 17.

De acordo com Cassiano Maschio, diretor comercial e de marketing da Inbenta, o cliente precisa ter autonomia em todas as fases do projeto e as áreas de negócios devem estar envolvidas no bot: “O ideal é que o próprio cliente – que conhece o negócio – seja autônomo para fazer a gestão de todos os processos do chatbot”.

Outro executivo, Rafael Souza, CEO da Ubots, explicou que é importante a participação para explicar, os objetivos em comum e atender as expectativas dos empresários, além de aprender e evoluir com o bot. Por sua vez, Fernando Wolff, CEO e fundador da Smarkio, completou dizendo que as empresas entregam grande parte do trabalho automatizado, e, o trabalho dentro de casa é basicamente de ajustes e acompanhamento do robô. Além disso, ele citou exemplos de erros comuns no tratamento do bot:

“Teve empresa – cliente nossa – que colocou sua base inteira de troca de informações dos seus consumidores no bot. Na fase de treinamento da inteligência artificial, nós precisamos fazer tudo de novo. Outro caso são as palavras-chave, essa não é a melhor forma de montar bots, mas, sim, por intenções e com uma base de dados rica e bem apurada. E outro erro é montar o robô só com o cognitivo, ou seja, uma única base para diversos produtos. Por isso o pré-projeto é fundamental para entender o novo robô”, afirmou Wolff.

João Paulo Teixeira, cofundador e chief growth officer da Certsys, afirmou que a empresa-cliente precisa estar no projeto de curadoria, lançamento do bot e engajamento com o cliente. Para ele, a compreensão de participação desta jornada é um quesito de mudança de comportamento cultural, além de ser essencial para fazer a transformação digital.