O Facebook não tem planos sólidos de quando ou como implementará a Libra, sua criptomoeda que originalmente deveria começar suas atividades em junho de 2020. A informação foi dada à agência de notícias Reuters por um membro do conselho que supervisiona a moeda virtual.

Para o consultor geral do processador de pagamentos PayU e um dos membros da Associação Libra, Patrick Ellis, o escopo da implementação da criptomoeda depende de conversas com reguladores. “Nesta fase, não há uma estratégia definida para os mercados ou o produto, ou como ela será implementada. É muito cedo para implementar uma estratégia sólida”, disse . “Ainda temos muito a resolver com os reguladores para poder refinar a estratégia de lançamento”, disse Ellis em entrevista à Reuters.

Depois de tantos questionamentos a respeito da Libra e do alarde que causou por promoverem a ideia como uma “nova moeda”, David Marcus, cocriador da criptomoeda e responsável por ela no Facebook, afirmou à revista Fortune que, “se pudesse começar tudo de novo, focaria apenas no que realmente isto é, ou seja, em um novo sistema de pagamento”.

O medo por parte dos governos é que a Libra acabe alterando o cenário financeiro global de uma forma radical com sua criptomoeda, a ponto de as pessoas usarem mais a moeda virtual que as moedas tradicionais.

Desde o seu anúncio este ano, a Libra vem enfrentando uma série de ataques e avaliações negativas por parte de instituições dos Estados Unidos, como o Federal Reserve e o Senado. Desde outubro várias empresas parceiras saíram da Associação Libra. A primeira delas foi o Paypal, seguida de Mastercard, Visa, Ebay e Stripe. Na última leva, Mercado Pago, a única parceira da América Latina, e Booking Holding também decidiram sair da associação.