A CPI da Covid aprovou, nesta terça-feira, 26, um requerimento, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), solicitando a suspensão e a quebra do sigilo dos perfis do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais. O documento exige ainda que o presidente se retrate formalmente, uma vez que ele mentiu e espalhou fake news ao afirmar que quem tomou a vacina contra Covid-19 no Reino Unido teria desenvolvido Aids mais rapidamente.

O texto agora será enviado ao ministro Alexandre de Moraes (STF) e para a Procuradoria-Geral da República (PGR)

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD/AM), e o senador Eduardo Braga (MDB/AM) também vão encaminhar recomendação para que o Congresso Nacional se posicione sobre o tema. “Presidência é uma instituição, não é um cargo de boteco. [Como o] presidente que se reporta ao povo brasileiro baseado em estudo que não tem cabimento nenhum, quando estamos implorando para a população se vacinar?”, afirmou Aziz, durante a CPI.

“Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a COVID-19 à AIDS”, tuitou Randolfe Rodrigues, na segunda-feira, 25.

Procurados pela reportagem de Mobile Time, Facebook e Twitter afirmaram que não vão se manifestar sobre o requerimento da CPI. Entretanto, Facebook, Instagram e YouTube retiraram do ar a live em que o presidente dissemina a fake news. Em comunicado na segunda-feira, o Facebook disse: “Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de COVID-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas.”