Há 15 anos na estrada, a Unodata se transformou para diversificar sua atuação para além da vertical de ISPs– onde ainda atua com soluções opensource de e-mail, de hospedagem de sites e e-commerce, antispam, nuvem etc – para entrar no mercado de desenvolvimento de bots. A diferença aqui é que a empresa oferece uma tecnologia que permite o cliente construir ele mesmo seu robô. A solução é fruto de uma parceria com a startup indiana Engati, proprietária da tecnologia.

“Com a chegada do Microsoft 365 vimos que havia uma grande ameaça ao nosso modelo de negócio e decidimos diversificar nossa atuação. E essa tecnologia da Engati é uma plataforma intuitiva que permite que qualquer pessoa possa desenvolver o bot sem saber programação”, diz Eder Miranda, diretor da Unodata, em conversa com Mobile Time.

É possível integrar o robô ao site, automatizar interações relacionadas a vendas, qualificar leads, entre outras funções. “Mas com a pandemia veio uma avalanche de demandas na área de atendimento ao cliente, em especial na área da saúde. Mas a procura maior veio quando conseguimos fazer a integração do bot – o mesmo do site – com o WhatsApp”, explica Miranda. Além do site da empresa e do WhatsApp, o bot também pode ser integrado ao Skype e ao Telegram.

Unodata

Eder Miranda, diretor da Unodata. Foto: divulgação

Segundo o diretor da Unodata, o chatbot é capaz de responder 80% das requisições do usuário e, a qualquer momento, é possível solicitar o atendimento humano. “Cada atendente tem acesso à nossa plataforma, e quando o bot não é capaz de atender ou quando o cliente deseja a interação humana, o agente pode assumir a chamada”, conta o diretor da empresa.

O chatbot pode ser alimentado a partir das perguntas mais frequentes e, com isso, evoluir. O time de desenvolvimento da Unodata faz esse trabalho de análise dos logs para aprimorar o conteúdo do assistente virtual.

O modelo de negócio da Unodata permite um pacote com um canal de atendimento, ou seja, com um chatbot gratuito. O plano seguinte é de US$ 79/mês. Há outros pacotes que vão depender do número de bots, quem vai desenvolvê-lo – se a empresa-cliente ou a Unodata – ou o número de interações por mês. “Caso a empresa tenha 1 milhão de interações terá custo extra”, exemplifica.

Como case, Miranda cita a seguradora Tóquio Marine com 78% das interações tendo sido resolvidas pelo bot.

A Unodata foca principalmente em micro e pequenos e médias empresas, apesar de estar pronta para as grandes: “Estamos preparados e temos conhecimento para trabalhar com projetos sob demanda, mas entendemos que, no Brasil a conexão do pequeno empreendedor com o WhatsApp no bot é uma demanda muito grande e que não está totalmente coberta pelos players atuais”.