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O CPF é a chave mais registrada no Pix até agora entre clientes do Itaú e do Banco do Brasil. A informação foi compartilhada por Renato Mansur, diretor de canais digitais do Itaú, e Edson Costa, diretor de meios de pagamento do Banco do Brasil, durante o Mobishop 2020, evento virtual organizado por Mobile Time nesta quinta-feira, 22. Atrás do CPF estão número do telefone celular, email, chave aleatória e CNPJ. Mais tarde, representantes do Banco Central confirmaram a preferência.

Edson Costa explicou que mais de 60% das chaves cadastradas em seu banco são CPFs. Em seguida, está o celular, com 19% e 11%, o e-mail. O executivo especula que o motivo esteja no fato de que grande parte da população muda com frequência o número de telefone celular.

Pelo lado do Itaú, Renato Mansur, diretor de canais digitais do banco, afirmou que o perfil é similar, com CPF com mais de 50% das chaves cadastradas. Para o diretor da instituição, o resultado vem se mostrando uma surpresa, uma vez que, na visão interna do Itaú, o número do celular dominaria os registros das chaves, à frente do CPF e CNPJ.

Perfil do cliente Pix

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Os executivos abordaram durante a conversa que o motivo para as fintechs estarem liderando o registro de chaves do Pix é o fato de elas terem mais clientes mais interessados na adoção de novas tecnologias. Segundo Elaine Shimoda, diretora de operações do Mercado Pago, o fato das fintechs nascerem com foco em inovação atrai um público que adere mais rápido as novas tecnologias.

Aqui, vale dizer, o Banco Central divulgou nesta quinta-feira que 762 instituições foram aprovadas para ofertar o Pix. Dessas, a vasta maioria são fintechs com participação facultativa, ou seja, elas não são obrigadas a aderir ao Pix. Veja a lista completa das empresas já aprovadas aqui.

Outros serviços

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Os executivos acreditam ainda que o Pix pode ir além em ofertas de serviços. O diretor do BB deu como exemplo a possibilidade de o varejo colocar QR Code com Pix em boletos, de modo que reduza os custos com TED e DOC. E Mansur, do Itaú, ventilou a possibilidade de atrelar produtos de crédito ao Pix, com oportunidade de compras no débito.

Mas para Wagner Martin, diretor de desenvolvimento de negócios da VeriTran, prevê que o varejo dará descontos para quem pagar com Pix, por se tratar de um meio de pagamento com liquidez mais rápida e menor custo.

“Eu vejo no começo serviços como crédito e cheque especial atrelados (ao Pix), além de descontos. Nas próximas versões, podemos ter o parcelamento, o saque no varejo; e a terceira fase será com as transações internacionais”, completou Martin.

Liquidez e segurança

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Outros dois temas abordados na conversa desta quinta-feira foram a liquidez e a segurança. Costa, do BB, chamou a atenção que o sistema de pagamento instantâneo no Brasil trará uma dinâmica diferente às empresas, com mais velocidade no fluxo de caixa.

“Haverá uma dinâmica diferente de fluxo de caixa de empresas: o dinheiro entrará e sairá no ato”, disse o executivo do Banco do Brasil.Todas as empresas vão se beneficiar, inclusive as não financeiras. Todos os segmentos da sociedade serão impactados”, acrescentou Costa.

Em relação à segurança, Shimoda explicou que embora o Pix seja novo, não há nenhuma diferença de proteção de segurança em relação aos outros arranjos de pagamento, como DOC e TED. Lembrou ainda que um trabalho robusto foi feito entre BC e todos os participantes do ecossistema para garantir uma experiência segura.