Sinch

Eduardo Henrique, chief business development officer global e CEO da Sinch na América Latina. Foto: divulgação

A Sinch terá um escritório novo no Brasil, na cidade de São Paulo. A informação foi compartilhada por Eduardo Henrique, chief business development officer global e CEO da Sinch na América Latina, em conversa exclusiva com Mobile Time nesta semana: “Vamos para um escritório novo nos próximos meses. É um espaço que está sendo remodelado”, revela.

“Será um escritório incrível. Segue um benchmark global. Um espaço para o cliente visitar e entender a Sinch e pronto para o modelo híbrido, com opção para o home office. É um projeto que expressa a nossa cultura, assim como é o espaço da Movile (que abriga a companhia, por enquanto). E teremos espaço para eventos”, explicou.

“Só voltamos com segurança”, completou. “A interação é importante. Não somos a favor do 100% home office, pois estarmos juntos gera diversidade e valor. Mas aprendemos a ser mais flexíveis com o remoto”, informou Henrique.

Novo momento

A mudança de escritório chega em um novo momento da companhia com a união das marcas Wavy, TWW, SAP Digital Interconnected em torno da Sinch. Nesta jornada, algumas áreas das empresas já estão integradas, como finanças e vendas. Por outro lado, a junção das tecnologias apresenta para o mercado a nova API da Sinch.

“Estamos trazendo uma API, a Conversational API. Ela une SMS, RCS, Messenger, Viber, ABC (Apple Business Chat) e Instagram. Ela vai funcionar em todos os canais. E temos a parte de contact center, que veio com a SAP Digital”, disse o CEO. Ele explica que a plataforma permite montar os bots em blocos, em uma interface fácil, de arrastar e soltar.

Expansão internacional

Sobre a atuação que a companhia planeja para novos mercados, Henrique explica que apenas a Índia está suspensa, uma vez que os casos de Covid-19 estão em crescimento. “Na Índia, a prioridade que passamos é cuidar da equipe. Não há pressão (por resultados). Mas a agenda  de expansão segue no Sudeste Asiático, Europa e EUA”, explicou.

Desses mercados, o executivo acredita que ABC terá mais tração na Europa. Por outro lado, acredita que a entrada do Instagram tem um forte potencial em todas essas regiões, assim como na América Latina, que está madura na jornada de customer care e fluxo de engajamento.

Dos segmentos que Henrique mira estão: delivery, logística, devido ao aprendizado nos cases com iFood; Banking e finance, pois tem vários clientes na América Latina, como o Movile Pay; cosméticos e venda de porta a porta, como Avon; Saúde, com base no caso da Salud Digna no México, o bot faz o primeiro atendimento do paciente; empresas de bens de consumo, devido ao case com a Pepsi para comerciantes fazerem pedidos em múltiplas línguas via bot – inclusive em inglês, português, espanhol e chinês (devido à grande comunidade de chineses no Panamá).

Movile

Eduardo Henrique também foi questionado sobre a relação entre Sinch e Movile, empresa que deu origem à Wavy. O chief business development officer global e CEO da Sinch na América Latina explica que a Movile, como sócia-minoritária, tem uma relação muito estreita, pois “colabora e gera valor”.

“Há um alinhamento total e confiança para fazer inovação. Inclusive, eles atuam como laboratório para fazer testes, como aconteceu com Conversational API. O primeiro cliente nosso foi a Leiturinha. É bom pra Movile e para Sinch. Tem uma relação de confiança”, disse. “Só fiz o deal porque a cultura das duas empresas é parecida. Todo mundo é low-profile e acessível. A diferença é que a Sinch é global, aprendeu a ser uma empresa em 40 países. Na Wavy/Movile nos reinventamos muitas vezes”, completou.

Vale lembrar, a Wavy foi adquirida pela Sinch em fevereiro deste ano por R$ 645 milhões.

WhatsApp Pay

Em relação ao novo sistema de pagamento por WhatsApp (cujo nome formal é Facebook Pay), Henrique vê com otimismo a chegada do serviço. Replicando a fala do CEO do WhatsApp, Will Cathcart, o executivo da Sinch afirmou que o pagamento por WhatsApp trará “mais engajamento e uso” de consumidores na plataforma de mensageria. Por outro lado, fica na expectativa de que a solução chegue ao comércio, em especial via API para a vertical de mensageria, que ainda não possui tratativas de lançamento junto ao Facebook.

“Se pudermos oferecer payments, entraremos em um fluxo mais forte de comércio. Hoje estamos na camada de atendimento do usuário e fluxo de engajamento”, explicou o CEO Latam da Sinch. “Olhe o exemplo do WeChat, que mudou a economia chinesa nos últimos seis anos”, comparaou.